Na semana passada, dia 26/09, a Central da Gestação atendeu com muito orgulho mais uma grávida. O nome dela é Natália Andrade de Albuquerque, tem 30 anos e é moradora de Taboão da Serra, em São Paulo.
Na ocasião, ela aproveitou para nos contar como tem sido sua gestação, ressaltando os desafios e emoções desse momento único para uma mulher.
Confira abaixo como tem sido a gestação do bebê Theo:
1) O que achou do atendimento domiciliar da Central da Gestação?
Eu gostei muito, a fisioterapeuta foi muito atenciosa, ela se preocupou com o meu bem estar e do meu bebê.
2) Quais os maiores benefícios encontrados nesse tipo de serviço?
A comodidade de não precisar ir a uma clínica, ficar estressada no trânsito e atraso no atendimento. Além disso, me senti mais confortável na minha casa e com isso relaxei mais e após a drenagem senti que a sensação de cansaço diminuiu.
3) Pode relatar para nós como foram estes meses de gestação? Os momentos de maiores emoção, os possíveis desconfortos, a preparação, etc?
A Descoberta
Era uma quarta-feira, 08 de Abril, eu estava em um ritmo forte de atividade física (corria de sábado, terça e quinta e fazia Muay Thai de segunda e sexta), daí nessa semana eu estava com muitas cólicas e achava que ia descer a menstruação porque já estava no período (tinha parado a pílula há um mês, em 2014 havia ficado seis meses sem tomar e não havia engravidado, então estávamos tranquilos quanto a isso, achávamos que ia demorar, tanto que tínhamos já fechado viagem para a Tailândia e Indonésia para o fim de setembro e a ideia era engravidar após essa viagem. Nesse dia eu cheguei do trabalho e fui tomar banho, como estava com muitas cólicas e nada da menstruação descer eu decidi fazer um teste de farmácia (tinha um teste em casa, devido a primeira tentativa de engravidar em 2014), quando eu fiz já deu positivo, eu esperei e continuou. Primeiro pensamento?? Ferrou, eu mãe? Começam a passar várias questões na cabeça. Daí eu liguei para o meu marido (Edilson, apelido: Eddie) e perguntei se ele estava chegando, ele disse que sim, então esperei, quando ele chegou eu fui com o teste escondido e falei “não pira e não comemora, pois não sabemos ainda se vai vingar” (minha irmã tem endometrioma e teve uma gravidez anembrionária e descobriu no primeiro ultrassom no qual eu estava junto, então tinha esse trauma de também estar assim) e daí mostrei o teste, ele ficou muito feliz, mas cauteloso também, pedi para ele ir comprar outro teste, só pra garantir e após o jogo do Palmeiras ele foi. No dia seguinte eu fui fazer um teste de sangue e no mesmo dia saiu o resultado “Positivo”.
Já tinha médica marcada para a outra semana, fomos nela, ela fez o primeiro ultrassom e tinha o saco gestacional com o embrião (ufa) e pelas contas eu estava de 6 semanas.
Manter segredo
Iríamos viajar no feriado para o RJ, casamento de uma amiga e como fazer para esconder dos amigos a gravidez (não queríamos contar para ninguém antes da 12º semana), pois há sempre o risco de perder e depois ter que explicar para todos seria muito desgastante. Fomos no mesmo voo que um casal de amigos e quando desembarcamos, resolvemos contar a eles, pois iria precisar de ajuda para mentir no feriado (eu bebo socialmente e a desculpa de dor de cabeça ou antibiótico no feriado todo não ia convencer ninguém), quando contei eles ficaram felizes, surpresos e nos ajudaram a esconder dos outros amigos!
Não contamos a ninguém mais até o dia das mães no qual fizemos um almoço na minha casa para a família e daí contamos. Foi muito difícil manter segredo ate a 9º semana, mas acredito que foi o melhor! E quando contamos já sabíamos ate o sexo, pois na 8º semana resolvi fazer o teste de sexagem fetal (eu estava muita curiosa para saber o sexo do meu bebê). O Eddie não se importava, mas eu queria muito. Fiz e descobrimos que seria um menino!
Na outra semana contamos aos amigos e decidimos o nome, o qual foi uma tarefa muito difícil, porque eu só tinha uma lista de nome de meninas, fizemos uma lista e chegamos ao nome escolhido: Theo.
Sentimentos
Os primeiros dias depois da descoberta foi um mix de sentimentos: medo, insegurança, preocupação e, claro, que muita alegria e amor por aquele ser que estava crescendo a cada dia.
Eu tive muitas cólicas no início da gestação, fui 3 vezes ao PS por nada, uma por cólica, outra por dor nas costas e outra por enxaqueca, qualquer dor eu achava que era um problema, mas não era, era só medo e receio de mãe de primeira viagem. Nos 3 primeiros meses não pude fazer nenhuma atividade física, devido as cólicas. Não tive enjoo ou ânsia no início, mas não conseguia comer carne, frango, peixe, nada disso no começo, olhava no prato e não conseguia, mas depois isso passou.
O primeiro ultrassom foi emocionante, eu não sou emotiva, nunca fui, mas ouvir um coraçãozinho, ver que estava tudo bem dá um alívio enorme (até hoje fico apreensiva, quando vou a um ultrassom).
Viagem
A Primeira vez que senti ele mexendo eu estava viajando (fomos para Orlando no início de agosto para fazer o enxoval, já que a viagem para Tailândia e Indonésia não seria possível, pois eu já estaria de 28 semanas e não é um lugar muito aconselhável para ir grávida, pois não tem muitos recursos se algo ocorrer) Nós fomos ao parque do Sea World e eu fui em um simulador 3D, estava de 22 semanas e o Theo não curtiu, se mexeu muito e senti o pé ou mão não sei o que era, mas estava bem aparente, o Eddie sentiu também e foi muito estranho, emocionante. Fui em outros parques, mas evitei os simuladores 3D/4D, na verdade não fui em quase nada de brinquedo, mas valeu a viagem somente pelo passeio, eu já fiquei imaginando daqui uns anos com o Theo correndo nos parques se encantando com os brinquedos e personagens!!
Últimos dias
Quando voltei de viagem (só fiquei 9 dias lá), estava 3 kg mais gorda, tinha que correr atrás do prejuízo, voltei a comer direito e a fazer caminhadas duas vezes por semana e fazer drenagem uma vez por semana, após algumas semanas sinto que estou muito melhor.
Engordei mais do que devia para a semana que estou (estou de 30 semanas), o Theo está crescendo cada dia mais e agora que estou começando a me sentir mais cansada.
Agora sinto o Theo se mexer sempre, o Eddie também já consegue sentir e ele adora, não sou de ficar cantando ou lendo para ele, mas sempre converso com ele quando estou no trânsito sozinha e não sei o porque, mas ele sempre se mexe muito perto da hora do almoço.
Outra coisa que estou sentido muito é azia, na verdade tenho azia desde o começo da gravidez, tem dia que está pior, suco de limão e Coca-Cola aliviam, porém não abuso muito do segundo.
Agora a ansiedade já está no máximo, não vejo a hora dele chegar, mas não tem data, pois quero um parto normal, então vou esperar até o último dia (que é no início de dezembro), enquanto isso continuo trabalhando (pretendo trabalhar até o final) e vou preenchendo meus dias arrumando o quarto dele, organizando o chá de bebê e a lembrancinha da maternidade.
4) Os maiores desafios encontrados durante a gravidez?
A ansiedade: sou uma pessoa muito ansiosa então desde que descobri a gravidez eu literalmente enlouqueci, só penso nisso e como irá ser após o Theo nascer e sinceramente não vejo a hora desse dia chegar e a cada dia que passa a ansiedade aumenta, então eu tento fazer outras atividades, sair com os amigos, falar de outras coisas para não ficar só pensando nisso, então acho que o maior desafio é esse.
Equipe Central da Gestação